Entrevista com João Kepler , CEO do site www.showdeingressos.com.br.
No artigo de hoje, entrevistei o palestrante e multifuncional João Kepler, o tema da entrevista foi e-commerce no cenário atual.
João Kepler Braga é Empreendedor serial, Blogueiro, Colunista de vários Portais, Revistas e Jornais no Brasil e na Europa, Investidor Anjo membro da Anjos do Brasil, Deal Maker, Palestrante, especialista em Comércio Eletrônico, Empreendedorismo Digital, StarUps e Marketing Digital e é CEO no @showdeingressos que é uma das melhores Plataformas de Internet Ticketing no Brasil.
Veja a entrevista na íntegra:
1- Como você enxerga o atual momento do E-commerce no Brasil?
O Comércio Eletrônico tem se tornado um mercado bastante atrativo. O aumento do poder aquisitivo da classe C e a Inclusão Digital são os principais fatores que aquecem este mercado.
Além disso, até bem pouco tempo atras comprar OnLine era apenas uma questão de busca, preço e conveniência, agora os e-consumidores descobriram outras importantes funções para o e-commerce como compartilhamentos, customizações, opiniões, recomendações, recompensas, experiências e avaliações.
Os gastos dos consumidores estão migrando também para o online com a crescente penetração da Internet e isso está criando novos hábitos de compras. E com isso, o e-commerce vem crescendo de forma superior ao varejo tradicional e continua aumentando em cerca de 30 por cento ao ano, a participação do Comércio Eletrônico no Brasil, poderá dobrar nos próximos anos.
2- O que você pensa a respeito do papel das redes sociais no e-commerce?
As Redes Sociais mudaram a forma de se relacionar e de intereção nos Comércios Eletrônicos. As Redes Sociais são feitas por Pessoas e são elas que determinam quando, onde e de quem querem comprar. E como compartilhar e comentar as experiências de compra se tornou uma situação normal no dia a dia dessas Pessoas, é fundamental que as marcas mantenham em seus sites de e-commerce total integração e conexão com as Redes Sociais. Isso porque o comportamento do consumidor é um ponta chave para trabalhar a conversão de vendas.
Não se admite hoje em dia uma loja virtual que não converse com as Redes Sociais.
3- Você considera as lojas virtuais dentro do Facebook uma boa alternativa para e-commerce?
É fato que o crescimento vertiginoso do número de usuários do Facebook que acabou de chegar a 1 bilhão de usuários, desperta interesses das empresas em estarem presentes nesse ambiente e canal. E com isso o F-commerce (e-commerce dentro do Facebook) passa a ser uma realidade em várias FanPages Brasileiras.
Várias empresas disponibilizam ferramentas e aplicativos gratuitos para montar sua loja virtual dentro do FaceBook em troca de um percentual da venda de cada produto.
Considerar que criar uma Loja dentro desta Rede Social é somente colocar produtos pra vender e pronto, é um grande engano e perda de tempo. O esforço e o investimento que se faz para ter um CURTIR, um COMENTÁRIO ou um COMPARTILHAMENTO deve ainda ser maior para fazer com que os seguidores passem a ter também interesse e confiança de COMPRAR.
As pessoas gastam muito tempo nas Redes sociais e compartilham muito conteúdo e experiências de compra, mas efetivamente ainda não se acostumaram a apertar o botão COMPRAR dentro da Rede Social. A loja tem que ter a preocupação de implantar conceito e cultura de compra/venda neste ambiente específico.
Bem, eu considero que o Facebook é uma Plataforma “alugada” (que não é sua), se tiver que fazer esforço para gerar leed, que seja para seu ambiente próprio ou seu website. Este tipo de loja dentro do Facebook é interessante para quem está começando ou que é nativo, para quem já tem experiência ou vendas nos seus prórpios canais, vejo essa possibilidade apenas como mais um canal alternativo.
4- Recentemente, o Facebook lançou um novo recurso de ofertas para a fan Page. Como você recomenda sua utilização pelos sites de e-commerce?
Bem na verdade, primeiro é importante entender que o “ofertas” é mais uma tentativa de aumentar a receita e convencer investidores que o Facebook é muito mais do que um envolvimento social, é um amiente de geração de receitas pois vai cobrar anúncios para publicar “ofertas” via a Rede Social.
O recurso “ofertas” funciona como uma espécie de anúncio na rede social. Possibilita as fans pages cadastrarem ofertas, como descontos, por exemplo, com regras, regulamento, data de validade e código de barras para resgate. O recurso também permite limitar o número de “reivindicações”, ou seja, a quantidade de pessoas que podem ter acesso à oferta.
Eu não posso recomendar o uso do “ofertas” porque ainda não usei a ferramenta mas posso dizer que vejo com bons olhos esta nova opção por ser um potencial gerador de leeds e funcionar no conceito OnLine, ou seja, tanto no OffLine como no OnLine pois as pessoas impactadas pela oferta, podem resgatar nas lojas físicas ou no site dependendo do interesse do lojista.
Quando uma oferta é reivindicada, a pessoa recebe e-mail com detalhes da promoção. Semelhante às demais ferramentas de publicidade do Facebook, o alcance é definido pelo orçamento. Ou seja, dependendo do valor investido, a oferta terá maior ou menor alcance.
Alguma pessoas já comentam que o “ofertas” é o avanço do conceito da Compra Coletiva.
5- Após os recentes updates do Google ( Panda e Penguin ) e a
implantação da análise social no Google Analytics, é notório a necessidade de um bom desempenho nas redes sociais para um bom rankeamento no Google. Qual a importância do SEO atualmente, em tempos de conteúdo e engajamento nas redes sociais? Você considera que o trabalho de SEO pode vir a deixar de existir?
A análise social no Google Analytics é uma demonstração de que as métricas passam a ser também relacionais e não somente transacionais. Ou seja, dependem muito do desempenho nas Redes Sociais. Tenho dito que o que importa são as Pessoas e as suas conexões, capacidade de engajamento para com a sua marca e a relevância delas. Somente isso pode rankear melhor nesse ambiente de métricas relacionais. Avaliar o impacto da mídia social sobre as métricas é um ponto bastante importante hoje em dia.
Bem, sobre SEO eu digo que por conta desse conceito apresentado acima, não adianta ter uma estratégia de SEO que não envolva as Mídias Sociais. As técnicas de SEO tradicionais como posicionamento de palavras-chave no título e palavras-chave no texto, perderam de vez o espaço para os dois principais fatores que o Google utiliza para determinar conteúdo de qualidade, mídias sociais e backlinks.
Não considero que o trabalho do especialista em SEO deixe de existir, mas ele vai ficar mais específico e para grandes projetos, pois as ferramentas disponíveis são intuitivas e de fácil utilização para projetos menores.
Não sou especialista no assunto, apenas observador, mas na minha opinião, o que deve ser feito é criar conteúdo de qualidade para obter engajamento nas redes sociais aliados a uma estratégia de mídias sociais e backlinks naturais são a melhor maneira para obter um bom posicionamento no ranking do Google daqui pra frente.
6- Dentre as plataformas OutSourcing ( WordPress e Joomla ), qual você considera mais viável para alguém iniciar um pequeno e-coomerce?
Sou meio suspeito para falar sobre essas Plataformas porque sou fã do WordPress. Apesar das duas serem muito boas. Na minha opinião, o WordPress é melhor devido a facilidade de uso, o ser mais organizado na questão de repositórios e tem uma grande massa de programadores disponíveis para trocar ideias ou contratação.
O WordPress já tem fama pois ele nasceu e cresceu como blog, mas hoje é um CMS muito completo e simples que está atendendo muito bem aos pequenos e-commerces. Além disso, conteúdo postado via WordPress, é melhor encontrado pelo Google.
7- Quais são os principais pontos que tem que se levar em consideração antes de iniciar um projeto de e-commerce?
Hoje em dia é bastante simples montar uma Loja Virtual, mas você precisa primeiro estudar se seu produto ou serviço terá aceitação no mercado. Se sim, pensar em vários pontos antes de começar. Aqui vão alguns deles:
O primeiro ponto é pensar em como vai montar a loja virtual; Se vai desenvolver, alugar ou comprar uma plataforma de e-commerce.
Sobre isso, depende basicamente do seu tamanho, da força da sua marca ou
produto e de sua capacidade de investimento. Se sua capacidade de investimento é nenhuma e tem muito tempo ou pouquíssima experiência, o melhor é alugar entrando em Plataformas “faça Sozinho” que você paga por uso, com um percentual de cada transação/venda. Um ponto a favor dessas plataformas é que já vem integrada com os facilitadores de meios de pagamento, além disso, alugando este tipo de sistema, o ambiente já está pronto, não tem nenhum custo de desenvolvimento e basta inserir seus produtos e pronto. Quando seu negócio começar a crescer, você pode precisar de algo mais robusto, mais flexível, ai então é hora de alugar uma Plataforma mais completa que necessite de maiores requisitos e trabalho para colocar no ar. Ou até mesmo fazer a sua própria.
O segundo ponto, é a Logística. Como vai fazer para entregar o que foi vendido? Pontualidade nas entregas é fundamental para o sucesso de qualquer e-commerce. Pense na estrutura, na sequencia das coisas, na compra da mercadoria, no estoque, no custo, no armazenamento, no recebimento dos pedidos, no despacho e no transporte/entrega (Correios e transportadoras), no follow up e no pós venda.
Os demais pontos não menos importantes são o Posicionamento e a Estratégia de Marketing. O e-commerce deve ser encarado como uma ferramenta de geração de receitas e oportunidades de negócios integradas e não somente como mais um canal. Plalaneje sua estratégia de divulgação da sua Loja Virtual e quais ferramentas você usará. (links patrocinados, SEO, e-mail marketing e etc..) Mas se não tem dinheiro suficiente nem para uma pequena ação, use e abuse das Redes Sociais com bastante conteúdo para gerar leeds para seu site.
Enfim, vender pela internet deixou de ser uma opção, é uma necessidade.
8- No fórum de Marketing Digital realizado pela Digitalks em Brasília, você citou que o Marketing vive a época dos 5 C´s, poderia nos falar um pouco mais a respeito?
Esse Marketing Digital a que me refiro é voltado especialmente para estratégias de e-commerce. O uso dos C´s são basicamente o dever de casa para implantação de qualquer Comércio Eletrôncio hoje em dia. São eles: Conteúdo, Colabração, Compartilhamento, Comércio e Convergência.
Se você observar direitinho esses C´s são basicamente o resumo do que disse em todas as respostas nesta entrevista. Um conjunto de obrigações e condições para o sucesso de uma loja virtual.
Apesar de ter sido criado e pensado especificamente para o Comércio Eletrônico, os C´s podem ser usados para qualquer segmento, até porque se não usar essas palavras como base para sua estratégia de Marketing Digital, você estaria negligenciando algumas oportunidades.
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